Participação Política: Indispensável ou superável?

No que tange a participação da sociedade na politica, a atual conjectura do cenário político brasileiro não favorece para que haja um preceito positivo para tal atitude. O imaginário, e não sintético ideal proposto por Platão de que a política legítima e justa era alcançada mediante a virtuosidade dos governantes, contrasta fortemente com postura pela qual grande parte dos governos tem aderido no país.

Faz-se necessário então a existência de uma reflexão sobre a participação política como sendo indispensável ou superada. Uma vez que atitudes tomadas por uma certa porcentagem de governantes tem construído um aspecto negativo que têm causado recorrentemente o abandono da legítima participação da sociedade na construção de uma política que pauta-se em interesses visando o bem social.

É visível ao redor do mundo, a evocação de lutas da sociedade que tenham por objetivo construir governos mais democráticos e transparentes para seus países. O manifesto Occupy all street e a Primavera Árabe podem ser citados a nível de exemplo, e constituem uma base provatória de que a união social em prol de um objetivo comum que tenha como finalidade uma reivindicação ao governo, tem influência para operar grandes mudanças na estruturação governamental.

Desde o momento em que o ser humano se constitui com um ser social, este passa a ser também um ser opinante, capaz de formular ideologias para realizar a estruturação de algo discutível. Este algo discutível constitui-se na política, entretanto as pessoas tem substituído sua participação opinativa em favor de discursões não-políticas voláteis, e que não influenciarão a solidificação de um governo que possua efetividade democrática e transparência.

Tal processo de “coisificação” da política efetiva cada vez mais a idéia de que é dispensável lutar por um senso comum que objetiva a melhora das condições sociais. Criando uma falsa apologia de que essa união social é inviável, e mesmo que fosse sucedida não conseguiria obter mudanças reais nos governos.

Esse recorrente pensamento solidifica cada vez mais um sociedade instável, desigual e acomodada. Possuinte de um governo egocêntrico e opaco. Esquecendo-se de lutas passadas que garantiram, a custo de muito sangue, benefícios e direitos, dos quais a sociedade atual insiste conscientemente em ignorá-los.

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