“Na sociedade capitalista ocidental o
subjetivismo tem se tornado cada vez mais sinônimo de utopia.”
A lógica mercantilista adquirida
pela indústria cultural no mundo contemporâneo, faz com que esta lance seus
holofotes aos artistas que adquirem uma hegemonia e alcançam o patamar de
ídolo.
O perfil de ídolo perpassa por características, que sobre tudo devem se aliar a uma estética criada por publicitários. Estes profissionais objetivam vender uma ideologia que tenha por finalidade a alienação dos indivíduos que projetam sua atenção sobre a propaganda.
Assim
os produtos culturais viabilizam quantidade em detrimento de qualidade, e nesse
ponto entram em uma das características fundamentais do ser humano, pois o
homem se caracterizar como um ser social e a despeito disso ele sente a
necessidade de inclusão em um grupo.
Porém
quando o indivíduo se associa a uma massa que é alienada a um ídolo,
instaura-se uma problemática, pois a massa é desapropriada de uma ideologia
individual e adere a uma reflexão do ídolo.
Esta
ferramenta paradoxal concede a subsistência da indústria cultural. Pois ao mesmo tempo em que ela satisfaz uma necessidade básica do ser humano, cobra em
troca um preço altíssimo, o abandono de uma lógica própria.
Portanto
é necessário primordialmente refletir a logística individual e estruturar de
forma mais segura as bases da subjetividade, para construir cada vez mais uma
sociedade opinante que não se baseia na enviesada lógica mercantil.
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